Lá fora chove... e cá dentro também!
Nuvens densas e pardacentas percorrem o semblante de um céu que acordou triste e choroso, arrastando este dia em pesarosa e amarga melancolia.
Quebra o silêncio o gotejar cadenciado que escorre nas vidraças. E o vento quase imperceptível que vai agitando as folhas dos arbustos e se entranha no espírito de quem o sente.
Sinto frio! Este frio que vem da rua transpõe as portadas e se transforma em arrepiante abatimento interior. Acendo a lareira, na ânsia de aquecer o corpo e iluminar um pouco o dia, colorindo-o com as luzes que se desprendem das achas a arder. Preciso que me aconchegue, que me ilumine e aos poucos varra este negro, em que o dia se transformou.
Mais escuro que o dia… é a escuridão de nos sentirmos sós. E não sabermos ou não poder partilhar a tristeza que teima em nos percorrer os pensamentos e a vontade.
Hoje é um dia… Um dia assim!
Imagem retirad da Internet