Descodificar...
Nós, do lado de cá, usamos o “888” para legendar e perceber melhor alguns programas.
Sempre que aparece no canto superior direito do ecrã da TV, no decorrer de um programa, um de nós logo se encarrega de fazer aparecer as letras milagrosas que ajudam a “apanhar” o que às vezes a conversa abafou – além de que, especialmente no caso de programas brasileiros, funciona como uma forma de ”tradutor” ou tira teimas.
Mas isto é para programas previamente gravados. Os que são em directo não têm esta opção disponível.
E há alguns cromos (no bom sentido) para os quais esta opção daria imenso jeito!... Pelo menos para mim! A culpa até pode ser minha e não deles. No entanto, estou convicta de que, no mínimo, não está inteiramente do meu lado..
Por diversas vezes (sempre, vá!) antes ou no final dos jogos, Jesus, como tantos outros treinadores, é convidado a opinar sobre a sua equipa e os seus jogadores, sobre a preparação ou resultado das partidas. Por mais que eu tente, e que me esforce, oiço-o falar mas não o compreendo. Confesso que não raras vezes peço ajuda a quem me acompanha para que me faça a tradução ou resumo da conversa. Invariavelmente a resposta é: Ele não disse nada! Se disse, não entendi.. (risos). Posteriormente se volto a ter oportunidade de assistir ao mesmo discurso, continuo a ficar a zero – não sei onde quer chegar, até porque não sai do mesmo sitio. Quer dizer: Acho que sei o que pretende, mas fico sempre a pensar porque andou com sinónimos de uma só palavra? Complica. Embrulha. Atrapalha. E torce muito a língua.
Se é o único? Não, não é definitivamente!
Há um senhor da mesma categoria profissional, que quando faz comentários é preciso um descodificador. Mas este usa palavras de outro teor – usa o discurso académico ao mais alto e rebuscado nível.
Falo de Manuel Machado, naturalmente. Utiliza um discurso cheio de rendilhados que depois de “esmiuçado” apenas quer dizer: Fomos roubados. Ganhamos bem. Jogamos mal. A equipa podia fazer melhor. O árbitro estava distraído, ou então é ladrão. E por aí fora, evidenciando exactamente o mesmo tipo de discurso, mas com palavras eloquentes. (como se diz na minha terra: A m**** é a mesma, só o cheiro é que é diferente!)
- Métodos...
Resumindo: O “888”, o “887” ou outro número qualquer dava tanto jeito nestes casos...
Já quando fala Mourinho, não preciso de tradução. Mesmo que use outra língua que não o meu português.
- São farpas senhores. São “farpas”!!
Não falemos de politica, sim? Esses, entendo-os muito bem. Eles, é que se fazem de desentendidos connosco. Para que precisamos de um descodificador?
Talvez... um contador de mentiras com imensos digitos. Plim...Plim...Plim...Plim... até faria concorrência às chamadas de valor acrescentado que anunciam prémios em numerário na TV.
Não era minha intenção falar de futebol ou politica. Se falei foi sem intenção.