Hora de Coca-Cola? Ou Ice Tea?! :´(
Apetece-me morder em alguém. Como não o posso (nem devo) fazer...resolvi dar umas ferroadas aqui que ninguém está por perto.
Este ano, em Janeiro, choveu como se não fosse haver mais amanhã.
Vai daí, a água inundou durante a noite os anexos onde guardávamos o material de jardim, ferramentas e a lenha e "deve" ter sido este, o motivo (ninguém estava lá para contar como foi) para o curto-circuito numa arca congeladora e a coisa pegar fogo (contra-senso – este de água dar lugar a lume).
Só pela manhã fomos alertados pelos vizinhos para chamar os bombeiros e pôr fim ao incêndio (ó coisa mais assustadora acordar com labaredas a lamber as paredes até ao tecto).
A não ser as paredes exteriores , nada se aproveitou e mesmo essas ficaram como os presuntos dos fumeiros caseiros (falo de cor uma vez que pouco ou nada me lembro de os ver, pois em minha casa nunca vi lareira a lenha).
Junho foi o mês combinado com o empreiteiro para se deitar mãos à obra e remendar o bem sinistrado (sim, há pouco dinheiro, mas pelos vistos há muito que fazer e pelo menos este não tem mãos a medir. Ou é bom trabalhador ou então tem uma bela dose de sorte que o acompanha).
Como em qualquer obra, à entrada dos trabalhadores armou-se cá em casa uma tenda de artefactos e afins para o conserto. Tudo seguia na
normalidade e nem me preocupava muito uma vez que a confusão não passava portas adentro.
Acontece que, um nadinha antes da finalização do anexo até à ideia peregrina de pintar o interior da casa foi menos que o queimar da cabeça de um fósforo.
Má ideia, diga-se. Ó ideia maquiavélica (mesmo se necessária). Fazer obras com habitantes e móveis é do pior!!!…
E foi assim, que a minha sossegadinha e limpinha casinha passou a ser fonte de reboliço.
Móveis em debanda. O ar infestado de produtos não aconselháveis à inalação. Braços e pernas pisados. Imprevistos e contra-tempos, muitos…
Solução de recurso : Algumas noites acampados na sala do piso inferior para ninguém intoxicar.
Ó ricas costinhas…
Ó melgas sem convite…
Ó impaciência…
Da semana prevista para obras já lá vamos quase num mês e eles continuam a pintar. E a pintar!...E a pintar!...
- Ora, obras (...)!
(Isto para não lhe chamar um nome feio, que não fica bem a ninguém, e muito menos a mim que sou rapariga e a escrever tenho a obrigação e sou bem capaz de me controlar).
Desde o início que temos cá o senhor pintor. Homem prendado na arte de caiar, atencioso, cumpridor das suas tarefas, mas…
Nunca há bela sem senão!
É lento (ou serei eu apressada?).
Eu e ele somos que nem cão e gato. Eu quero que ele faça mais que o que ele consegue (ou quer) fazer. Logo, os interesses não convergem.
Ele gosta de pesca. Eu, detesto. Não acho piada picar a boca aos peixes, para depois os deixar de novo no rio, de beiços rebentados pelos anzóis, para logo na semana seguinte repetir o “raio” da brincadeira.
E depois isto era atenuado se o moçoilo fosse parecido com o da publicidade à Coca-Cola Light…
Mas não!
Não me faz subir a correr as escadas para o ver fazer a pausa do lanche das 16h30. Nem o coração palpita. A não ser de stress de o ver fazer mimos com o rolo na parede.
Passa o dia todo a ouvir rádio (hello!!! tu aí!... a casa é minha, gosto de escolher as músicas).
Já pensei colocar o leitor de cd´s com umas músicas mais mexidas a ver se a coisa acelera.
A minha felicidade é às 18h00. Saber que a casa, mesmo empoeirada e malcheirosa, é só minha e da minha família.
Todas estas lamechiches para dizer: Xô! Xô! Xô!
Estou fartaaaaaaaaaaaaaaaaaa de ter a casa em obras! Nuncaaaa mais acabaaaaaaaaaa!!!