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a alma da flor

a alma da flor

"The Racing Rats"

29.04.08 | DyDa/Flordeliz


When the time comes
You're no longer here
Fall down to my knees
Begin my nightmare
Words spill from my drunken mouth
I just can't keep them all in
I keep up with the racing rats
And do my best to win

Slow down little one
You can't keep running away
You mustn't go outside yet
It's not your time to play
I push my hands up to the sky
Shade my eyes from the sun
As the dust settles around me
Suddenly nightime has begun

If a plane were to fall from the sky
How big a hole would it leave
In the surface of the earth

Let's pretend we never met
Let's pretend we're on our own
We live different lives
Until our covers blown

I push my hand up to the sky
Shade my eyes from the sun
As the dust settles around me
Suddenly nightime has begun

If a plane were to fall from the sky
How big a hole would it leave
In the surface of the earth
The surface of the earth

Come on now
You knew you were lost
But you carried on anyway
Oh come on now
You knew you had no time
But you let the day drift away

If a plane were to fall from the sky
How big a hole would it leave
If a plane were to fall from the sky
How big a hole would it make
In the surface of the earth
The surface of the earth

Até sempre... Ou até ao próximo...Eu aguardo nas "asas de borboleta"!

28.04.08 | DyDa/Flordeliz

Ontem virei a última folha do “Ano Louco”, o teu livro.
Quando dei por mim, estava a acompanhar-te e a seguir os teus trajectos. Mas em nenhum momento senti vontade de interferir, ver, ou sentir além do descrito ou mostrado.
O que fizemos? O que deveríamos ter feito? O que somos e quem somos? Dúvidas e incertezas que todos nós, de uma forma ou de outra, se depara ao longo da vida.
Tantas vezes sentimos que não estamos bem… Outras tantas, até sabemos o que nos falta para mudar esse estado ou sentimento de inadaptação, raiva, e desespero interior. Mas o que cada um de nós deseja nem sempre tem exactamente a mesma proporção do possível. Não somos peças únicas. Não somos sentimento único. Fazemos parte de um todo. Que tantas vezes nos asfixia e que só ignoramos quando, por momentos, conseguimos ficar sós.
 Mais!… Nem sempre a nossa força corresponde à do pensamento que vagueia e se solta como se fosse ave livre que voa até se cansar e poisar num ramo. Apenas porque sim e porque na mente tudo é possível!…
Mas a vida é muito mais que isso! Em alguns momentos das nossas vidas, cada um de nós sabe encontrar a “fórmula perfeita” de as complicar.
Conseguir ver para além do “Eu” é algo que consegues fazer de forma única, transcrevendo naturalmente esse “sentido” para a escrita.
Pouco importa se és a personagem principal!.. Se é verdade ou se afinal é mentira!... Onde termina a realidade ou começa a fantasia?... Pouco importa!  
Gostei, e para mim chega!

"Acordar é melhor que dormir"

28.04.08 | DyDa/Flordeliz

Gostava de poder afirmar com convicção que esta frase é verdadeira. Se hoje a mente não se recusasse a reconhecer os sinais do que é acordar, ou o que é despertar.
O meu corpo durante a noite deve ter duplicado de peso. As pernas não se querem mexer. A luz que atravessa as janelas ainda cerradas fere-me os olhos que teimam em manter-se fechados.
No meu pensamento apenas reconheço a voz que se lamenta:
- Quero dormir! Tenho sono! Estou cansada!
O telemóvel já me enviou repetidos alertas que o dia vai alto. Que a minha hora passou!
Recordo-me vagamente de atirar as pernas para fora da cama e de olhos fechados descer as escadas para o banho matinal.
Acordei de novo com o som do telemóvel (maldito) desta vez no sofá da sala. Tentei recordar como cheguei até lá mas com o esforço voltei a adormecer.
Lembro que no meu sono havia uma luta. Eu, que queria ficar em paz… e a minha consciência, que me alertava a hora avançada e me lembrava que hoje é Segunda-Feira.
A custo, eu diria até… com muito custo! Larguei o sofá e despejei a água fria do chuveiro em cima da cabeça para acabar com o torpor que me atormentou as primeiras horas deste início de semana.
Hoje queria dormir, abdicando de boa vontade de acordar para a vida e para o mundo.
- Ainda me sinto a dormir acordada!

Um olhar da Povoa de Varzim até às Caxinas!

26.04.08 | DyDa/Flordeliz

 

 

 

 

 

 

 

Tantas, mas tantas vezes entrei neste mar

salgado de ondas revoltas e água gelada.

 

Saudades?

 Do bater dos dentes e dos ossos gelados...não!

Da multidão espalhada pelo areal...não!

Das barracas que impedem de ver o mar...não!

Das nortadas desta zona no Verão...não!

 

 

Do cheiro a maresia...sim!

Do Sol da Primavera...sim!

Dos barcos a chegar...sim!

Da brisa do mar...sim!

 

 

Gosto de ver o pôr do sol

( gostava de o ver nascer, mas ele acorda sempre primeiro!...)

 

 

 

 

Cravos de Abril

25.04.08 | DyDa/Flordeliz

O cravo vermelho será para sempre o símbolo

da revolução do dia 25 de Abril de 1974

Simbolo de: Mudança; Liberdade; Esperança

 

 

Trova do vento que passa 

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

 

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

 

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

 

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

 

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

 

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

 

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

 

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

 

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.

Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

 

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

 

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

 

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.

Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

 

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

 

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não

                   Manuel Alegre

 

 

 

 

 

 

Liberdade...Gaivotas...Papoilas??? Ou o Sol que brilha de novo?!

24.04.08 | DyDa/Flordeliz

Sei que amanhã é o dia "25 de Abril"

Mas porque sou do "contra"

Canto hoje e amanhã deixo o lugar

Para que outros possam

Cantar ou comemorar

 

Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.

Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.



Uma gaivota voava, voava,
asas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.



Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.



Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.



Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.


A vida é assim! Ou talvez não?...

22.04.08 | DyDa/Flordeliz

Imagem retirada da internet

 

 

No lamento do vento deslaças palavras murmuradas quase a medo, quase em segredo. O sussurro é ténue e desaparece no compasso perfeito que se ouve ao longe das ondas do mar.
Não mexo. Não quero interromper este momento que apenas é teu.
Pudesse eu transformar-me em estrela e partiria de mansinho no horizonte. Para que ao despertares dessa tristeza imensa, dessa mágoa, dessa raiva. O teu olhar agora melancólico e vazio de novo se pudesse iluminar.
Tivesse eu força de vento para fustigar essas nuvens negras e cheias de desespero para bem longe de ti e dos teus pensamentos.
Magia:
Não sou eu; Não és tu ; Não é o mar; Não é o céu; Não é a areia; Não é o luar!
Sabes meu amigo?!
Magia:
É quando a tempestade chega e nos quer sufocar, encontrarmos um lugar (ou alguém) que nos deixe ficar e nos dê a sua mão para nos agarrar.
O resto…
É SONHO!

 

Ups...que stress!

20.04.08 | DyDa/Flordeliz

Imagem retirada da internet

DESABAFO
Hoje foi mais um dia de acompanhar a equipa de Andebol em que o meu filho joga desde miúdo.
Não vou aqui colocar nomes e identificar o mesmo, pois a “clubite” é o que, neste momento, menos me interessa.
Quem não está familiarizado com este desporto costuma afirmar veemente que é fácil “enganar” o guarda-redes, uma vez que se usa as mãos!
- Também assim eu pensava!... Mas na prática isso não corresponde à verdade!
O contacto físico é muito directo e petulante. O jogo é composto por muita força e capacidade física, conferindo-lhe um ritmo muito rápido e forte do princípio ao fim. Por isso, a violência e a maldade entre os atletas é uma constante, que nem todos “vivem “ ou aprendem a “usar” da mesma maneira. Traduzindo: em muitas equipas usa-se violência física e agressões em detrimento da técnica, engenho e arte.
Já fiquei de coração “aterrado” de ansiedade ao ver o meu filho inanimado no chão por ter sido empurrado, caindo desamparado e batendo com a cabeça no chão. Vê-lo posteriormente no hospital a olhar-me com ar atarantado e perdido, sem saber o porquê de estar ali, sempre a perguntar que horas eram. O que estava ali a fazer? A repetir as mesmas perguntas vezes sem conta, para esquecer imediatamente de seguida que as havia acabado de fazer. Que aperto! Mas… são contingências! Ou como diz o ditado: “Quem anda à chuva molha-se!” “Ossos do ofício”…
Não posso deixar de mencionar os que “menos” deveriam ser protagonistas, mas que por vezes se sentem no direito de chamar a si a atenção do jogo, mudando o sentido e a justiça do resultado, deixando com muita frequência a violência prevalecer sobre a parte desportiva do encontro, tirando todo o brilho que a partida poderia e deveria oferecer a quem nela participa ou assiste nas bancadas, e dando azo a desnecessários azares e ameaças à integridade física dos participantes. (Curiosamente, esses até ganham para fazer um bom trabalho! Mas nem sempre é assim…).
Pode parecer “poesia” e bem falar. No entanto, a verdade é que pouco me importa se a “minha” equipa ganha ou perde, desde que seja legítimo. Desde que perca porque não jogou o suficiente, não se empenhou ou a equipa adversária foi superior, acho justo. Para mim o vencedor deve ser quem jogou melhor, se esforçou e mais fez para no fim merecer o resultado positivo.
Sou, por natureza, a maior crítica do meu filho e da equipa onde joga (claro que também a sua maior apoiante!). Ele sabe isso e sente-o no final de cada jogo, no rescaldo dos momentos que se seguem ao jogo, quando regressamos a casa.
Mas hoje venho furiosa, nervosa, desiludida!
 Não pelo resultado: foi um empate e o jogo teve qualidade, foi bem disputado e emotivo. E isso, para mim é quanto baste!... Mas pelo público!!!!
A nossa claque de apoiantes (pequena por sinal) não é o que eu entendo por um público correcto. São facciosos, só gostam de ganhar e fazem demasiado barulho e descontrolam-se constantemente, pecando às vezes por um excessivo “bairrismo” cego.
 Sempre que possível procuro o lado oposto a esta, onde possa ver calmamente o jogo e abstrair-me de algum ruído, mantendo-me apenas como observadora do espectáculo. Aplaudo e incentivo se achar necessário ou me apetecer e como me apetecer, dentro do que acho decente.
Não partilho a capacidade de injuriar os árbitros (mesmo que por vezes bem me apeteça!). E menos ainda, proferir qualquer palavra indecorosa para com os miúdos adversários (não chamo o que não quero que chamem também ao meu, e acho grotesco).
Hoje, o jogo era viril e estava a ser disputado com garra e muito querer por ambas as equipas. Éramos poucos apoiantes, pois a distância impede alguns pais de se deslocarem.
Já a bancada da “casa” era formada por jovens da terra que foram apoiar os amigos. Até aqui tudo normal!
Anormal é o chorrilho de palavras obscenas e de incentivo à violência da integridade física que vociferavam “como se não houvesse amanhã”. Tentei, eu tentei com muita força manter-me calma e tranquila… Eu tentei! Mas ouvir um “puto” a gritar para dentro do campo, dirigindo-se directamente a um atleta, chamando-lhe filho da “p---a” e “boi” (não o conhecendo de lado nenhum), lamento mas era demais para o meu discernimento e calma de mãe.
Não sei o que me aconteceu… Aliás, tenho agora consciência de que podia ter-me saído muito mal… Mas quando dei por mim estava ao pé do “miúdo” a dizer-lhe: “É a última vez que lhe chamas “boi” porque ele não é da tua família! E mais: a mãe dele não é vaca!”
O miúdo a quem ele chamava nomes não era o meu filho. Até nem deveria sentir-me lesada! Mas fico preocupada! Pois não acho normal a violência das palavras bradadas da boca de um “ganapo” que parecia ter ido assistir a uma toirada ou a um combate de boxe, incitando preocupantemente à mais vil violência.
Certo que durante o resto do jogo o mesmo rapaz fartou-se de dizer palavrões e continuou a ser violento. Mas jamais lhe chamou esse nome que considero extremamente ofensivo.
Os miúdos da nossa terra também gritam, também incentivam, também provocam. Mas… ou sou muito surda, ou nunca ouvi nenhum miúdo a ser tão mal educado como os que encontro sempre que vamos jogar nesta localidade.
Não a vou mencionar!
- Porque o “todo” não tem que padecer pela “parte”.
Eu quero acreditar que temos o azar de encontrar naquele recinto apenas a “pior parte” do que uma terra infelizmente pode oferecer!
 

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