Ao contrário do que vulgar e instintivamente se pensa, a verdade é que, nem todas as histórias têm um final feliz!
Todos somos diferentes! As reacções a uma mesma situação variam de pessoa para pessoa, não pensamos todos da mesma forma. As diferenças entre os Seres Humanos, por vezes, são tão grandes que as personalidades chegam a ser antagónicas. Não é de admirar, por isso, a divergência entre feitios. Alguns chegam a ser tão díspares que, depois de um número indefinido de situações passadas, chega o momento em que a paciência acaba.
Contemporaneamente, os casais mais novos em especial, já não permanecem a viver juntos por obrigação debaixo do mesmo tecto, com alguém com quem se está em conflito permanente, só porque ambos tiveram o azar de não acertar na escolha da cara-metade.
Mas, …
Há que salvaguardar SEMPRE o respeito pelo outro, independentemente do que quer que se tenha passado, não há razão nenhuma para que assim não o seja. Em especial quando há descendentes dessa união. Refiro-me obviamente a: FILHOS.
Custa-me imenso entender pessoas que, porque chegaram, ainda que um pouco tardiamente, à conclusão de que não podiam continuar a partilhar a mesma cama, ou a mesma vida conjunta, adulterem todos os sentimentos e comportamentos com que foram educados a praticar, até para com aqueles que desconhecemos. Torna-se incompreensível e injustificável qualquer que seja a razão pela qual se passam, então, a tratar com ódio, rancor e desrespeito, transformando um simples diálogo numa acesa e infantil troca de acusações.
Não era suposto estas terem findado no momento em que decidiram quebrar “A UNIÃO”?!
Ainda mais me confunde, quando os filhos servem para ferir, como se de uma “arma” de combate se tratassem. Chega-se ainda a extremos de usar estes, para proveito financeiro próprio, autêntica extorsão. Mas estes apenas são usados quando “valores mais altos se alevantam ”, praticando-se, então, o jogo dos interesses, em que se insurge o egoísmo, a cobiça e a inveja sentimental, cresce, nesse caso, um autêntico negócio de “direitos”: «não tens condições de o ter, por isso só o podes ver em “tal dia”, durante “tantos minutos”, ou em “tal sítio” ou “situação”.» Como é possível exigir-se e desconfiar-se das capacidades de pai/mãe, quando pouco tempo antes eram marido e mulher e tudo era partilhado??
Porventura por influência da sociedade, a questão financeira, parece tornar-se sempre o centro das discussões. Todas começam e acabam com números e obrigações numéricas.
Frequentemente, os filhos assistem a estes disparates, vulgarmente apelidados de “conversas e assuntos de adultos”, apercebendo-se de que, lá no fundo, são apenas objectos decorativos. Por isso, não é de espantar que as crianças aprendam tão rapidamente a fazer chantagem com os pais. De tanto assistirem, acabam por saber virar o jogo a seu favor.
A certa altura, até já sabem se lhes convém ir para casa da mãe ou do pai. Tornam-se egoístas!
E porquê? Quem lhes ensinou afinal?!
Cresceram a fazer chantagem, aprenderam a viver e a saber que vale a pena “fazer perrice” ou ficar amuado. Ironicamente, acabam por ser os mais lesados destas situações, a receber as maiores recompensas do materialismo que sempre lhes foi incutido pelas discussões e desavenças constantes que sempre giram à volta desse tema.
Não serão estes intervenientes (filhos), por mero acaso, fruto de uma relação que floriu? E como qualquer jardim, não merece ser adubado, podado e regado, para sobreviver ao calor, ao frio e ao vento? Será que fazemos tudo o que deveríamos? Será que não pensamos em demasia nos nossos interesses esquecendo quem está a crescer e a formar a sua personalidade?
Isto é apenas um desabafo… Sei que, como em todas as regras há excepções. Também as conheço e admiro. Mas para infelicidade de muitos, essas são as singelas excepções, não as regras!