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Todos temos momentos de parvalheira, uns dias mais fortes que outros.
Pois é! Segunda foi o meu dia de eleição. Daqueles dias em que deveríamos ir dormir mais cedo, deitar, fechar os olhos e adormecer rapidamente .
Mas,... porque,... tem de haver sempre um mas?!
Não deitei cedo e resolvi inventar! Fazer de conta que ainda sou criança, que posso fazer o que me dá na telha e brincar às acrobacias.
Ideias... torcidas!
Torcidas as ideias e EU! Que me dei mal!
Agora ando para aqui empenada e a picar o (V), daqui a pouco parece um regador cheio de buracos.
Foi insuportável a noite que passei no corredor da urgência do hospital, que saudades da minha caminha, do silêncio, da paz e das palavras de carinho de quem afinal gosta e se preocupa connosco.
As horas não passavam, o cansaço, as dores, mas especialmente o movimento de vai e vem de quem lá trabalha e parece nem notar que lá estamos, e que, apenas uma palavra ou um sorriso são melhores que mil analgésicos.
Compreendo que é um trabalho, nada mais que isso, mas custa imenso sentirmo-nos sós, ou até abandonados.
Engolimos a tristeza, os ais, os uis, a solidão, esperando com ansiedade que nasça o dia e alguém tenha a coragem de se fartar de nos ver depositados num qualquer corredor e nos envie para casa.
Mas, porque me meto em sarilhos? Porque teimo em fazer asneirada?
Talvez, porque a vida é feita disso mesmo e eu detesto a rotina e as coisas certinhas e as convencionais e pronto... de vez em quando lá estou eu metida em sarilhos!
Pior... O corpo é que paga!
Mas compensa, ver o carinho de quem gosta de nós, a atenção, a dedicação (claro que dispensava as dores e o mau estar).
Ver o meu amigo vir de tão longe para me ver!
Ups ,...Grande amigo mesmo!
Que bom ver-te, não gosto de te preocupar, não mereço tanta atenção, mas juro que me surpreendeste e me fizeste imensamente feliz..
O meu dia ficou preenchido e muito mais rico.
És especial e por isso agradeço ter um amigo como TU.
Milhões de vezes sim, sim, OBRIGADA.
O dia está cinzento, a minha vontade, a minha força e a maneira como me sinto, está ainda mais carregado que a cor do próprio dia.
Detesto o som do telefone!
Porquê?! Não sei!
Trauma? Talvez!
Ou será porque me dói a cabeça, não me apetece falar, a voz custa a sair e a paciência está a léguas de distância, e assuntos corriqueiros sejam um sacrifício para quem apenas tem vontade que se esqueçam que: -Esta aqui ainda existe? É do pior!
Quando a noite foi uma luta entre a vontade de dormir e a dificuldade em respirar. E quando por fim desfalecemos de cansaço...
O som estridente e repetitivo do aparelho teima em perturbar o silêncio conseguido ao fim de tanto sacrifício ...
E entender? Ou ter capacidade de responder à voz do outro lado da linha que nos solicita o assunto mais idiota do mundo, transformando-o em importância vital de sobrevivência para a humanidade?
Bendita ideia, de ainda não terem colocado a porcaria das imagens, na porcaria do aparelho!
Maldita ideia a minha, de não tirar o som do aparelho fixo cá de casa!
O telemóvel ninguém o ouve! Se quiser fazer cócegas nas pernas durante o dia ainda vá lá, pois de noite fica mudo e quedo aguardando um novo amanhecer.
Mandem mensagem carago, assim só as abrimos se nos apetecer, e responder até tem tempo, pois as palavras escritas não perdem validade.
OK, estou muito chata! Mas afinal, até nem estou a tocar nenhum objecto barulhento nem nada...
És e serás sempre a mais bela flor!
Mulher imprudente!
Caminhas veloz ao sabor do vento à procura do mar.
Sonhas em ser livre em teu pensamento e também no olhar.
Largas as amarras e ficas perdida a fantasiar.
Incauta mulher!
Para ti é proibido tu sabes, tu vês.
O vento que sopra não o deves sentir nem o agarrar.
Volta ao teu abrigo
Paredes seguras
Janelas cerradas
Esquece a tristeza
Apaga-a do olhar
Esquece que um dia
A luz e o vento
Te fizeram SONHAR
Quem dera pudesse eu sentir
Quem dera pudesse eu acreditar
MAS,...
A realidade não é o que parece
A verdade não é feita de querer
O sentir são diferentes do poder
Oiço a tua voz terna
Em sussurro
Depositas palavras meigas
E sentidas
Que me aquietam a alma
Em reboliço
E o coração tantas vezes
Em alvoroço
OBRIGADA
O dia está quente, abafado e o pensamento inquieto.
O Domingo vai passando mansa e penosamente , nada de novo, nada de diferente.
Estas paredes servem de muralha à vontade de partir por ai, sem hora, lugar ou encontro marcado.
Aos poucos a tristeza abate-se sobre o rosto, transformando-o apenas no observador que sente a vida escapar-se, como se de um sonho apenas se tratasse.
Quero correr, quero viver, quero perder-me, quero sorrir, quero chorar, quero ser eu.
Mas não estou só, alguém precisa de mim e também se sente só, está sem força e precisa de um sorriso.
Guardo a melancolia e este estado de alma, e vou caminhando lado a lado procurando ser útil e tornar a existência de alguém um pouco mais leve que a minha.
- Mas sinto tanta saudade!