Pensar muito...cansa como o diabo!
Muitas vezes se ouve:
Fulano tem um “mal” ...
– É hereditário!
Se fulano tiver má índole, será hereditário? (pergunto-me eu.)
Um casal teve três filhos e criou-os na mesma casa. Sentava-os a todos ao redor da mesma mesa. Alimentava-os a todos da mesma panela. Os ensinamentos e os valores foram transmitidos conforme o que lhes pareceu o mais acertado, e dependendo da formação que receberam eles também.
Depois de criados e, já adultos, cada um seguiu com a sua vida. Com maior ou menor sucesso. Com mais ou menos sorte. Mais ou menos empenho.
E todos conseguiram levar uma vida, “dita”, normal.
Cada um destes filhos teve um filho também. E assim o casal inicial passa a ter três filhos e três netos.
A vida vai seguindo. Os anos vão passando. A idade vai avançando. Os netos tornam-se adultos.
É aqui que a história e a hereditariedade vão para o galheiro.
Dois dos netos vivem normalmente o dia-a-dia. O outro vive como se só o dia de hoje contasse. Como se não houvesse obrigação de ser íntegro. Como se todos devessem ganhar para manter vícios e ânsias de riqueza que não existe hoje, nem nunca existiu. Onde cada palavra é usada para enganar, manipular e ganhar vantagem. Usando de estratagemas, filmes, novelas, lágrimas e mesmo doenças.
Uma vantagem ilusória que se queima como a cabeça de um fósforo.
Uma pessoa que vive de falcatruas deveria ser alguém de sucesso. Fazer render o que rouba, o que desvia, o que obtém de forma pouco transparente. Fazer engordar o seu pecúlio e não ter de mendigar e voltar a bater nas mesmas portas com as mesmas histórias, apenas introduzindo novos protagonistas.
A mim pesa-me a consciência quando sou infeliz numa palavra mal dita. Quando sou ingrata. Quando magoo sem intenção…
Teria este neto nascido sem a dita “consciência”?!...
Serão mesmo o RAIO das doenças hereditárias? Não poderia ter nascido este infeliz com a doença do BOM-SENSO, da LEALDADE, do VERGAR O GARFO e TRABALHAR?
Talvez fiquem confusos. É que eu sinto-me TARALHOCA. Portanto: Desculpem qualquer coisinha, sim?