Asas irreais
Pudesse abrir asas
E voar sobre quintais
Pousaria nas janelas
Como fazem os pardais
Soltaria em cada uma
Um suave chilrear
Obrigando quem lá mora
A abri-las de par em par
Em meu bico entregaria
Uma flor perfumada
Arrancando um sorriso
Até à cara mais fechada
E cantando partiria
Feliz no azul do céu
Sonhando ser como os pardais
Nestes meus sonhos irreais
Asas de pássaro não são braços
Tenho pernas, tenho pés
Os animais não são todos iguais
Gosto do meu fabular
De um dia poder voar
Não quebrem esta ilusão
- Tu estás a divagar!...
Acabei agora de pousar. Amanhã quando acordar, já não mais me lembrarei que andei a vaguear.