A tristeza vai e vem como as ondas e as marés
Bate forte bate bem enfraquecendo quem és.
Envolta na branca espuma num redemoinho feroz
Duma lágrima se faz vaga que vai deslizando veloz
Eis quando por fim a maré começa a vazar
Permanecendo tinhosa a bruma em ficar.
Porque ficas por aqui, não há mais mar a percorrer?
Meus olhos estão já cansados e fartos de te ver!
És feia, negra e grosseira. És cruel. Não gosto de ti.
Afasta-te da minha beira. Não quero saber de ti.
Parte tristeza amarga, vai repousar em mar bem fundo.
E quando amanhecer, rasga um sorriso (ao mundo) à vida!