Muito se falou sobre o gesto infeliz, inoportuno e ridículo do ministro Manuel Pinho.
Eu também o acho indelicado, fora de propósito e num local onde o respeito e o bom senso deveriam reinar.
A infantilidade (leia-se: burrice) do gesto não tem como ser anulado.
O castigo foi a demissão. Não sei se por iniciativa ou se forçado. A mim pouco importa. Errou. Foi punido!
O governo (primeiro ministro) lamentou o sucedido e mesmo não ficando bem na fotografia, tentou limpar a honra do convento perante quem se sentiu melindrado e, convenhamos, com razão.
Não estou aqui a defender partidos nem políticas (nem me sinto à vontade para o fazer) apenas gostava de falar de comportamentos.
Quando assisto às reportagens e imagens passadas na Assembleia da Republica fico sempre com pele de galinha e irritada.
O cinismo, a troca de galhardetes, as picardias, a chalaça, os ataques à vida pessoal. Tudo serve para fazer perder tempo. Os assuntos graves da nação passam sempre para plano secundário.
Também Cavaco Silva se mostrou indignado e com toda a razão!
Mas... Na Madeira, João Jardim diz raios e coriscos. Faz e desfaz. Brinca e espezinha com quem lhe apetece. Diz obscenidades. Proíbe até a entrada de quem não gosta. E sobre este assunto o nosso presidente mantém-se calmo e sereno e não tem opinião.
Afinal é, ou não é presidente de TODOS os portugueses? Deve ou não intervir?
Se calhar não pode fazer grande coisa, mas irrita-me a figurinha de avozinho bondoso que tem adoptado.