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a alma da flor

a alma da flor

Polvos dão à costa...

05.01.10 | DyDa/Flordeliz

  Imagem JN

 

Não sendo pescador, nem tendo conhecimentos científicos só me resta especular sobre a notícia que li. Enquanto uns investigam, outros falam de poluição e outros ainda, aproveitam para ir enchendo as arcas com o que sobeja da jantarada. Eu, vou tentando encontrar versões para o sucedido.

  • Polvos suicídas deram à costa de Gaia como forma de protesto pelos abanões das ondas gigantes do mar revolto que se fizeram sentir nos últimos dias;
  • Polvos em greve, deixaram-se comer, sacrificando a sua vida  pelos pescadores, que assim, permaneceram mais uns dias sem terem de se fazer ao mar;
  • Manifestação de Polvos acabou em tragédia nas areias da praia de Valadares;
  • Animais de cérebro grande e coração de igual tamanho sacrificaram as suas vidas pelos "amigos" humanos, vindo morrer ao pé da porta.

     

       Imagem de florbytes

 

Loucura? Talvez?!... Eles (os polvos), um pouquinho mais do que eu!

 

Falemos de curiosidades "patifarias" infantis.

05.01.10 | DyDa/Flordeliz

imagem retirada da internet

  

Gosto de entrar no blog da “Milú” e ler o que tem para nos contar. E foi aí, numa das minhas habituais visitas, que me lembrei da minha primeira tentativa de "paviar".

 

Costumava assistir às aspiradelas e sopradelas do meu pai quando fumava uns cigarros todos branquinhos e muito pequeninos. Muitas vezes fui incumbida de subir a calçada à portuguesa para os ir comprar à mercearia do “Pingas”. Sei que na época ele gostava do Português Suave ou, quando o dinheiro já não era muito, uns que se vendiam avulsos, os Kentucky, que ficavam mais baratos e que ele tinha o cuidado de contar quando eu lhos entregava. Não sei se o fazia para me controlar, se para se controlar a ele, ou mesmo para controlar o tasqueiro.
Ora, em criança, aquilo que desconhecemos, aguça-nos a curiosidade e eu não fui excepção.
Um dia, era ainda bem gaiata e, encontrando-me sozinha lá em casa, sem sono e sem nada para me entreter, resolvi sair, ainda em pijama e descalça como sempre, para a minha aventura na arte de imitar o meu pai a fumar.
O local mais resguardado lá de casa, até porque me poderia trancar, era o espaço "a que chamavam" casa de banho. Na verdade era mais o sítio onde tomávamos banho, porque de casa, apenas tinha o nome.
Como cigarros não os tinha, e coragem para os "fanar" também não, resolvi a questão fazendo um rolinho com um papel acastanhado de embrulho. Armada com a caixa dos fósforos escondida entre a roupa, ali mesmo, puxei do meu cigarrinho e vai de lhe atear o lume, enfiando de seguida a ponta em labareda na boca. De imediato senti o calor a chegar-me às pestanas e ao cabelo. Com a atrapalhação e o espaço diminuto, o lume logo se espalhou pelo laminado do pijama, obrigando-me a sair disparada porta fora, a dar palmadas e sacudidelas aqui e ali, enquanto as chamas iam percorrendo toda a roupa, apagando-se apenas quando o pêlo do felpo terminou. Ficou assim, extinto o incêndio, mas deixou-me o coração a bater como um cavalo tresloucado e as pernas a tremelicar pelo susto.
Há um ditado que diz: “Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo”.
Eu não sei quem me protegeu, mas lá sorte tive eu de não ter ficado como um frango no espeto e ficarem só as pontas do meu pijama a cheirar a porco queimado. Como não se encontrava ninguém por perto, o assunto terminou mais rápido que uma rajada de vento, o mesmo sucedendo à vontade de repetir a experiência.
Não foi esta “tragédia” que me impediu, na juventude, de dar as minhas “passas”. Nunca me senti muito bem com o cheiro do fumo do tabaco e, por isso, nunca foi grande a tentação.
Agora com a lei que proíbe fumar, a mim sabe-me muito melhor almoçar ou jantar sem engolir o fumo das mesas do lado. No entanto, compreendo que também sabia muito bem a quem gostava de fumar o seu cigarrinho, no fim do jantar ou do café.