Portugal...Será isto, que merecemos?!...
Portugal, através do olhar, eu te abreijo.
Entre, vocábulos que oiço e antevejo.
Eu testemunho, enlaçando com amor, o que é teu.
És tu, Portugal, que eu sinto, que desejo.
Sou eu, somos Nós, que te veneramos
com orgulho e lealdade.
Beijamos o mar,
enquanto o sol, nos toca o rosto.
No verde dos campos, entretemos o olhar.
Em consentida (in)genuinidade colorida de encantar.
- Portugal, nós te pedimos tão pouco!...
Que cada um: viva com dignidade
Ai Portugal, meu pobrezinho, menino, inocente.
Foste cobiça de doutos e vendilhões
E foram eles, que te dividiram em quinhões
Os mesmos de hoje, que te penhoram em fracções
E a Nós,os Outros, o que deixam?
Um grande legado de obrigações!
E é com escárnio que declaram
Que pela vida gastamos,
o que cada um,
amealhou com suor.
Quando ELES,
foram queimando e derretendo,
o que nunca foi deles,
ou um dia lhes pertenceu.
Ouvem-se vozes,
muitas vozes...
que vão zurrando:
O Burro foste tu.
O Burro és tu.
Nunca burro,
Virei a ser EU.
DyDa: SUSSURROS PARA ORELHAS DE BURRO