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a alma da flor

a alma da flor

Agora que a festa acabou, é hora de apanhar as canas.

15.05.10 | DyDa/Flordeliz

No final da visita, Bento XVI dizia:

Este é "um mandato cuja fiel realização deve seguir o mesmo caminho de Cristo: o caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação própria até à morte".

 

Invocar a pobreza quando se encontra envolto em ricas vestes de ouro fino - é algo que me confunde.

 

Portugal passa uma grave crise. Há medidas urgentes a tomar. Sabemos que vai haver alteração nos impostos e, consequentemente, tudo o que é essencial ao bem-estar social do nosso povo vai aumentar – se a vida já estava complicada para muitos, vai ficar pior para muitos, muitos mais!

 

No entanto, não se poupou em esforços (lembro a controversa e injusta tolerância de ponto) e muito menos em euros, numa insensata demonstração de abundância e opulência na forma como organizamos (não há dúvida de que sabemos receber!) três recepções com investimentos megalómanos para encher ecrãs e alimentar (enganar) a alma dos mais crentes (e aflitos).

 

Toda a visita de Sua Santidade foi acompanhada e apadrinhada pelo nosso Presidente da República que esteve em todos os locais para o “beija-mão”. Isto, enquanto o Governo ia engendrando e camuflando por mais uns dias a crise que assola a casa de cada um de nós e para a qual já preparou o plano “factura sem direito a rejeição” do que vamos pagar (incluindo por certo a festa que alguns assistiram, mas que muitos milhares dispensavam por mexer num bolso já por demais remexido).

 

Nada tenho contra o Papa. Nada de especial tenho a favor.

Em muitas coisas eu não concordo com a Igreja. No entanto, respeito a forma de pensar e viver de quem se identifica com a doutrina que apregoa.

Procuro ser tolerante!....

 

O que me custa é que me tentem enganar atirando foguetes para o ar para ver se me distraem.

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